O que é evolução?
O processo de
transformação pelo qual passam os seres vivos, incluindo a origem de novas
espécies e a extinção de outras através dos tempos, chama-se evolução. Esse
processo vem acontecendo desde que a vida surgiu na Terra.
Como vimos no capítulo anterior, acredita-se que os primeiros seres vivos
surgiram no mar há mais ou menos 3,5 bilhões de anos. Eram seres relativamente
simples, unicelulares e heterotróficos.
Milhões de anos depois surgiram os seres unicelulares que já fabricavam seus
próprios alimentos, usando a luz como fonte de energia. Muito tempo depois é
que apareceram os seres pluricelulares, como as plantas e os animais.
Mas como surgem as diferentes características existentes entre uma espécie e
outra de seres vivos? Mesmo entre seres de uma mesma espécie, por que, por
exemplo, algumas mariposas são claras e outras escuras?
As várias características de um ser vivo são determinadas pelo material
genético existente em suas células. Esse material genético compreende o
conjunto dos genes que esse ser vivo possui. Os genes são formados pro
substâncias chamadas de ácidos nucleicos. Simplificando, podemos dizer que
temos, por exemplo, genes que determinam a cor dos nossos olhos, genes
responsáveis pela cor de nossa pele, etc.
Acontece que os vários genes de um indivíduo podem ter sua estrutura alterada
de maneira espontânea ou pela ação, por exemplo, de certas substâncias. Essas
alterações que o material genético pode sofrer são chamadas de mutações.
As mutações permitem, então, o surgimento de características novas, que podem
ser favoráveis ou não para a adaptação de um organismo no ambiente em que vive.
Por meio da seleção natural, o ambiente modela uma determinada espécie,
preservando os organismos que possuem características favoráveis para viver
nele e permitindo que essas características sejam transmitidas a seus
descendentes.
Reprodução sexuada e variabilidade genética
Não só as mutações proporcionam variabilidade genética. A reprodução sexual
também propicia uma grande mistura genética. Um indivíduo (macho ou fêmea) tem
capacidade de produzir muitos tipos diferentes de gametas. Cada gameta irá
unir-se - misturar seu material genético - a outro, que terá outra cominação
genética, e assim por diante.
Pense numa cadela, por exemplo, que tenha várias ninhadas, cada uma de um pai,
um macho, diferente. Resultado: poderão nascer filhotes muito diferentes uns
dos outros, quanto ao tamanho, cor, tipo de pêlos, etc.
Conclusão:
Os seres vivos se
transformam ao longo dos séculos. As mutações e a reprodução sexuada, por
exemplo, podem alterar as suas características; estas podem ser transmitidas de
geração a geração.
O ambiente seleciona os seres que nele vivem. Indivíduos de
uma determinada espécie, que possuam características favoráveis, tendem a
sobreviver e deixar descendentes férteis, enquanto outros que não tem essas
características tendem a ser eliminados, pois terão menores chances.
SERES VIVOS
<EVOLUÇÃO>
Jean-Baptiste
Lamarck (1744-1829), cientista francês, acreditava que os seres vivos tinham de
se transformar para melhor se adaptarem ao ambiente. Assim, ele explicava que
as girafas, no passado, tinham pescoço curto e, à medida que escasseava o
alimento mais rasteiro, eram forçadas a esticar o pescoço para comer as folhas
do alto das árvores. Com isso, o pescoço foi se desenvolvendo pelo uso
frequente e a característica adquirida (pescoço cada vez mas longo) foi se
transmitindo aos descendentes, de geração em geração. Depois de séculos, as
girafas tinham, então, o longo pescoço que observamos nas girafas atuais.
Essa hipótese, para explicar como se desenvolveu o longo pescoço das girafas,
não é aceita pela ciência. Você verá a seguir por que ela é considerada
incorreta.
Os últimos dinossauros desapareceram há cerca de 65 milhões de anos e os
primeiros seres da nossa espécie só surgiram no planeta há aproximadamente 200
mil anos. Nenhum ser humano, portanto, jamais conviveu com os dinossauros.
Os dinossauros dominaram a Terra
Os dinossauros dominaram a Terra durante aproximadamente 140 milhões de anos.
Tinham formas e tamanhos diferentes. Alguns viviam em manadas. Uns eram
herbívoros, outros carnívoros.
O Tyrannosaurus rex, era um temido predador. Com seus quinze metros de
comprimento e dentes serreados de até dezoito centímetros, pertencia ao grupo
dos terópodes. Os terópodes eram carnívoros e andavam sobre as duas patas
posteriores. Suas patas anteriores (braços) eram curtas e
a cabeça grande suportava longas mandíbulas.
Com a cabeça ocupando um terço do corpo, o Triceratops pesava até
cinco toneladas e tinha nove metros de comprimentos. Era o maior dinossauro do
grupo dos ceratopsídeos, dinossauros com chifres e um folho no pescoço. Os
ceratopsídeos eram herbívoros e andavam em manadas.
Com 26 metros de comprimento e quinze toneladas de peso,
o Diplodocus pertencia ao grupo dos saurópodes, os maiores animais
que já habitaram a Terra. Eles eram herbívoros.
Os estegossauros pertenciam ao grupo de dinossauros que possuíam fileiras de
placas nas costas e enormes espinhos na causa. Tinham cabeça e cérebro muito
pequenos em relação ao corpo e também eram herbívoros
Outros animais e plantas do passado
Além dos dinossauros, temos conhecimento da existência de outros animais e
plantas do passado, como, por exemplo, o Arqueópterix, as samambaias
gigantes e os ictiossauros. Os cientistas ainda tem dúvidas se
o Arqueópterix foi um réptil do passado, um dinossauro com asas ou
uma ave primitiva. A primeira hipótese é a que parece ser a mais provável.
O que é um fóssil?
Hoje podemos conhecer paisagens e seres vivos da Terra primitiva reconstituídos
em histórias fantásticas de filmes e
revistas. Mas, cientificamente, como podemos saber se esses seres existiram
mesmo? Quais eram as suas formas e os seus tamanhos?
A descoberta de ossos, dentes ou esqueletos inteiros de animais extintos,
enterrados no solo ou incrustados em rochas, é que tornou possível esse
conhecimento.
A esse tipo de restos ou simples vestígios (exemplo: pegadas) de seres vivos
chamamos fóssil. Estudando os fósseis, podemos descobrir como eram esses
seres e como viviam.
Raramente são encontrados fósseis de animais ou plantas inteiros. Em geral, só
partes duras, como ossos, conchas e carapaças, ficam incrustadas na rocha.
Algumas vezes, os poros dos ossos são preenchidos por minerais como a calcita,
por exemplo, mantendo-se assim a forma original. Em outros casos, ocorre a
substituição completa do material original por minerais como a sílica.
Há também outro tipo de fossilização muito importante, que é a preservação dos
próprios animais e de plantas em âmbar. Esses organismos foram englobados pela
resina de um certo tipo de planta há milhões de anos. Claro que só animais
menores foram fossilizados dessa forma, pois não conseguiram escapar das gotas
de resina. Mesmo pequenos vertebrados, no entanto, já foram encontrados dentro
das pedras amarelas e translúcidas de âmbar.
A importância dos fósseis
Estudando os fósseis e comparando-os com os seres atuais, os cientistas
descobriram que os animais e os vegetais foram se modificando através dos
tempos. Enquanto alguns tipos se extinguiram, outros sofreram transformações,
dando origem aos que conhecemos atualmente.
O estudo dos fósseis auxilia a compreensão das modificações sofridas pelas
espécies de seres vivos através dos séculos.
Seres vivos e adaptação
O rato-canguru é um pequeno roedor que vive no deserto. Durante o dia,
esconde-se em tocas profundas e relativamente frias, saindo apenas à noite em
busca do alimento. As fezes desse rato são relativamente secas e seus rins
produzem uma urina muito concentrada, com pouca água. Não possuem glândulas
sudoríparas e, portanto, não suam.
Nos desertos, o dia costuma ser muito quente e a disponibilidade de água é
pequena. Escondendo-se de dia em tocas frias e perdendo pouca água através de
fezes secas e de urina concentrada, além de não suar, o rato-canguru consegue
viver e se reproduzir no deserto. Diz-se, então, que ele está adaptado às
condições desérticas, isto é, possui uma série de características que
contribuem para a sua sobrevivência e reprodução naquele ambiente.
Da mesma maneira, as raposas do Ártico estão adaptadas para viver naquele
ambiente, onde o frio é muito intenso. Entre outras características, esses
animais possuem muitos pêlos longos e lanosos e uma grossa camada de gordura
sob a pele. Esses pêlos e a camada gordurosa dificultam muito as perdas de
calor para o meio, contribuindo para a manutenção de temperatura do corpo.
Mas ratos-cangurus provavelmente não sobreviveriam no Ártico, nem
raposas-árticas no deserto. Na natureza, s seres vivos estão adaptados ao
ambiente em que vivem. Num outro ambiente ou quando o ambiente em que vivem
muda, as mesmas características que lhe eram favoráveis podem se mostrar
inúteis e até mesmo prejudiciais.
Por isso quando vemos informações através dos meios de comunicação que uma
região vai ser inundada, por exemplo, para a construção de uma usina
hidrelétrica e que o meio-ambiente sofrerá consequências, estamos falando que
os animais adaptados àquela região provavelmente irão morrer em razão da
mudança de habitat e condições climáticas.
ATIVIDADES:
01 - Como podemos
determinar que um organismo surgiu primeiro que outro na Terra?
R: Podemos determinar que um organismo surgiu primeiro que
outro na Terra pelo estudo dos fósseis.
02. Em que se baseia
a teoria da seleção natural?
R: A teoria da seleção natural baseia-se nas adaptações dos
organismos ao ambiente. Essas adaptações são o resultado das mutações ocorridas
ao longo do tempo. Em resumo, os descendentes mais bem adaptados têm mais
chances de sobreviver e produzir novos descendentes.
03. Quais são as
principais partes da célula? Como funcionam?
R: Membrana Plasmática -controla o que entra e o que sai da
célula. Ela facilita a entrada de substâncias úteis e ajuda a eliminar o que
está em excesso.
Citoplasma -material gelatinoso composto de água, sais minerais e outras
substâncias. Nele estão as organelas que realizam diversas funções dentro da
célula.
Núcleo -funciona como um centro de comando da célula. Em seu interior existem
os cromossomos, que são formados por uma fileira de genes cada um. Os genes
controlam as atividades das células e determinam várias características.
04. Por que a mutação
é importante na evolução dos seres vivos?
R: Porque a mutação pode facilitar a sobrevivência ou a
reprodução de um novo ser vivo. A mutação pode originar novas características
no ser vivo.
05. Como é o processo de seleção natural?
R: Os indivíduos que possuem características que favorecem
sua sobrevivência e sua reprodução aumentam de número ao longo das gerações,
enquanto outros indivíduos que não possuem essas características diminuem de
número ou até se extinguem.
06. O que é a irritabilidade na vida dos seres
vivos?
R: É a capacidade que os seres vivos têm de reagir a
estímulos. Ela permite ao ser vivo conseguir alimento, defender-se e evitar
reagir a diversas situações.